JOVEM ANGOLANO DESENVOLVE ELECTRICIDADE ALTERNATIVA ATRAVÉS DE FRUTAS ESTRAGADAS
A seguir a pergunta, a resposta foi afirmativa. Desde aí o jovem tornou-se conhecido na sua aldeia, mas lamenta o facto de ninguém querer apoiá-lo no projecto que, segundo prevê, pode ajudar as zonas rurais, onde nem sempre chega a corrente hidroeléctrica.
O jovem inventor explicou que sua invenção podia fornecer corrente eléctrica até 400w, basta ter um “bom dispositivo” de conversão e transmissão da corrente e não se precisa muitos aparelhos. bastam frutas estragadas, condutores eléctricos, como fios, cabos, lâmpadas, tomadas, fichas eléctricas etc., o resto são fórmulas químicas e físicas que ele próprio desenvolveu.
“O conversor, que reduz a intensidade da corrente, permite buscar cargas nas frutas e lança para um corpo eléctrico qualquer, como ficha, lâmpada, telemóveis, televisor ou computador”, esclareceu.
Segundo o cientista, que acabaria por “roubar” a atenção de todos os feirantes, o ideal é usar ácido sulfúrico ao invés do conversor, mas como não tem possibilidade para adquirir , teve que arranjar o conversor como alternativa.
Mas a combinação não termina em frutas ácidas. O jovem, que querer ver sua aldeia iluminada, busca no mamão as cargas negativas.
Para o antigo estudante do Instituto Politécnico, no Bengo, sua inovação veio para mostrar que em Nambuangongo também existem jovens que querem formar-se nas áreas das engenharias, no entanto lamenta o facto de nunca ter sido aproveitado, por isso exorta o governo da província do Bengo a colocar uma instituição especializada no ramo.
“Quero dar continuidade na minha formação, mas cá na província não tem Ensino Superior em Engenharia. Desde 2014 que terminei continuo em casa, a desenvolver os meus projectos, que nunca foram aproveitados. Já inventei o balde de lixo inteligente”.
O balde de lixo inteligente, explicava, acciona o alarme quando alguém coloca os resíduos no chão. Tem outros projectos interessantes, como o de programação dos sensores à qualquer tipo de cor, como este”, passava o chapéu sobre os sensores e as lâmpadas acendiam.
Postos na feira a os repórteres da JdB ensurdeciam-se de gritos a assobios do público que pareciam já esperar pelo cientista.
Em lágrimas, de emoção, o jovem cientista de Nambuangongo confessou-nos que não consegue ficar por muito tempo ao lado das pessoas, quando sabe que que lhe vão aplaudir. Anseia encontrar alguém que lhe possa patrocinar um dos seguintes cursos de engenharia: Química Nuclear, Mecatrónica, Automóvel, Robótica, Matemática Digital, Ciência da Computação.
O criador, que se consolava nos ombros do repórter JdB, balbuciando, confessou ter medo de acabar mal, sem um futuro. “Se eu acabar mal, vou desiludir muita gente na comunidade, principalmente as 19 crianças com quem trabalho no meu laboratório”, concluiu em lágrimas.
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